quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Paróquia São José de Constantina

ARTIGO SOBRE MUNICÍPIO DE CONSTANTINA E PARÓQUIA SÃO JOSÉ PUBLICADO NO ANO DE 1987 NA REVISTA COMEMORATINA DO JUBILEU DE 25 ANOS DA DIOCESE DE FREDERICO WESTPHALEN.
5 nomes em 40 anos.
Seu primeiro nome foi Taquaruçú, herdado do nome do lageado que corre suas cercanias. Nas suas margens os tropeiros que vinham das missões conduzindo mulas, faziam pousada, aproveitando a excelente pastagem, sombra e sua água. Mas visto existirem outros lugares com mesmo nome, pelo Ato Municipal de Passo Fundo nº 489, de 24/02/1931, o nome foi alterado para João Pessoa, em homenagem ao famoso palítico paraibano. Mas por pouco tempo, já existia lugar na Paraíba com este nome. Pelo decreto nº 7.589, de 29/11/1938, a vila passou a chamar-se Benjamim Constant. Neste entremeio o lugar também foi chamado José Bonifácio, e por este já existir no interior de Minas Gerais foi substituído. Mas acontece que Benjamim Constant também era um distrito de Erexim, provocando confusões no correio, foi cogitado novamente mudá-lo. Por Decreto Lei Estadual nº 720, de 29/12/1944, do Governador Osvaldo Cordeiro de Farias foi
mudado em definitivo para CONSTANTINA. Esta designação é derivada da última palavra do nome anterior, constant.
COLONIZAÇÃO
Nas suas proximidades ficava a colônia Xingú, fundada pelo Dr. Mayer, a 12/11/1897, com uma área de 2.087 hectares, colonizada com alemães. Esta denominação para a colônia foi dada pelo Dr. Mayer em homenagem a um chefe indígena, que o libertou após fazê-lo prisioneiro, no Mato Grosso.
Embora o início do povoamento da sede se tenha dado em 1919, já em 1910 estavam fixados os lusos: Amandio Araújo, Horácio da Luz, Veríssimo Rodrigues, Candido Rodrigues de Almeida, Pedro Braga. Entre os pioneiros da região de origem germânica enumeramos: Baldoino Trea, Felipe Klos, José Schacal, Reinoldo Teinermann, Henrique Werkhausen,… De origem italiana foram Francisco Anziliero (1922), João Mafessoni, Antonio farezin, Angelo Tesser, Zacarias Menegozzo, João Cezarotto, mais as famílias Bressan, Joriatti, vindos na maioria de Guaporé.
 (Foto mostra a capela de Constantina inaugurada em 1940 com sua torre de 33 metros de altura, toda de madeira. No fundo, a escola Sta. Terezinha também de madeira com 4 pisos. Obra do Padre Patui. Na foto estão o Pe. Boleslau Kuczkowski e o Pe. Francisco Innerhofer )
  
A capela foi fundada em 1925, sendo visitada pelos vigários de Nonoai, Pe. Manuel Gomes Gonzáles e Pe. Angelo Caetano D’Agira.
Constantina foi elevada a Curato a 23/02/1935 por Dom Antônio Reis, sendo seu Orago São José. Desde sua criação foram seus vigários os padres da Congregação do Verbo Divino. Ei-los:
O Pe. Antonio Patuí, o primeiro desbravador do sertão (…) da vida pastoral na região. Em 1935 elaborou o primeiro plano diretor da vida, determinando ruas, praças e lugares públicos. No livro Tombo escreveu: “A Igreja Matriz acha-se embrenhada entre árvores caídas e outras de pé e de muitíssimos troncos caídos. É levantada no ápice de uma pequena elevação do terreno… Ao lado da Igreja foi levantada uma torre de 33 metros de altura, aonde serão colocados 3 sinos, este melhoramento produziu um belo aspecto à vista dos paroquianos e visitantes”. Permaneceu até 1938, quando assumiu o Pe. Boleslau Kuczkowski que permaneceu até 1945, coadjuvado  pelo Pe. Frederico Dattler. Sucedeu-lhe o Pe. Francisco Innerhofer, permanecendo até 1948, entregando o cargo para o Pe. Bernardo Luebe. De 1949 a 1962 ficou o Pe. Guilherme Steffens. Teve profícuo paroquiado. Consteruiu belíssima Igreja Matriz, “que tomando por base a população e a área do município, foi o projeto mais arrojado de todas as igrejas do RGS”. A 30/11/1949 foi iniciado a obra, que é hoje o cartão de visita da cidade. Construiu também Colégio das Irmãs e Casa Paroquial.
Após a transferência do Pe. Guilherme para Ronda Alta, assumiu por breve tempo o Pe. Luíz Mark que ficou os anos de 1962 e 1963, tendo sido substituído pelo Pe. Antônio Darius, que dirigiu a paróquia até 1969. Neste ano é nomeado o Pe. Getúlio Guimarães SVD, que ficou até 1972, quando retornou o Pe. Guilherme Steffens SVD, que continua até hoje. Mons. Augusto Dalcin colabora no atendimento, uma vez por mês.

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